soberbo senhor do próprio vício
o poeta nunca se deve curvar
a ninguém que ofenda o seu ofício
mesmo que na escuridão lhe falte o ar
e caia do mais alto precipício
desmaiado no balcão de qualquer bar
por ser poeta não é um ser qualquer
e não dá por perdido nenhum round
antena da raça e mais do que vier
irmão caçula do velho ezra pound
só curva a cabeça aos pés de uma mulher
aí sim - não importa quando e onde
o resto que se dane - rei ou conde
ao diabo se pena deus não tiver
Júlio Saraiva
de: http://www.luso-poemas.net/, publicado aqui com a sua autorização.
Sem comentários:
Enviar um comentário