Tem o poeta uma fisga
E um caroço de azeitona
E dele ninguém se pisga
Sem levar uma na mona
O poeta é como um puto
Não há muros que não salte
Nem árvore cujo fruto
Lhe negue o sabor de malte
E mesmo que o tempo passe
E na barba nasça neve
Em cada dia ele faz-se
E desfaz-se no que escreve
Xavier Zarco
5 comentários:
Perfeito.
Saudaçoes cordiais
Camarada,
Muito obrigado por mais esta boa surpresa. Sabe sempre bem a quem escreve ter a certeza de que é lido.
Um abraço
Xavier Zarco
Caro Magno Jardim,
Obrigado.
E retribuo as saudações cordiais.
Cara Xavier Zarco,
Eu é que agradeço o ter lido e publicado este seu belo poema.
Obrigado.
Eu conheço este poema, ou a sua verdade, desde os princípios da minha adolescência. É excelente por ser tão certeiro.
António
Enviar um comentário