A tarde fria arrasta-nos para dentro da cama.
Aos poucos deixamo-nos ficar... ...por ali.
Fixo a fraca coluna de sol mergulhar pelo vidro da janela
e sustentar-se friamente no soalho silencioso.
As tuas costas flutuam amparadas no colchão.
Lentamente deixas cair o braço para fora da cama.
Sorrio não só por te sentir adormecida
mas também por a tua pulsação ser como uma balada,
- o seu refrão será sempre um refresco -
e as suas melodias ainda que electrónicas
estarão sempre à nossa espera
nos head-phones abandonados
sobre a mesa de cabeceira.
João Miguel Queirós
in POETAS SEM QUALIDADES 1994-2002, Averno, Novembro de 2002
5 comentários:
Domingos,
Lindo! Perfeição e modernidade tecnológica!
Abração!
Adriano Nunes
Um belo poema de um daqueles poetas portugueses que foram seleccinados para a antologia dos "Poetas sem Qualidades".
Abraço,
Domingos da Mota
Parabêns pelo blog.
Até breve
João miguel Queiros
Caro Poeta,
Agradeço-lhe a visita ao meu blogue, neste poema que é seu, e que tive o prazer de ler e de publicar com as devidas referências.
Obrigado, e até breve.
Domingos da Mota
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